Fernando Tamagnini de Abreu e
Silva nasceu em Tomar, freguesia de Santa Maria dos Olivais, no dia 13 de Maio
de 1856.
Escolheu a carreira militar e
assenta praça como voluntário no Regimento de Cavalaria 2 em 2 de Junho de
1873.
Assumiu o cargo de director da
Escola regimental em 1891 e passados dois anos ingressou na Guarda Municipal de
Lisboa.
Vinte anos mais tarde participou
na Escola de Repetição seguindo
depois para o Estado Maior das Armas e Inspecção de Cavalaria Divisionária. Em
1915 é nomeado Comandante interino da Brigada de Cavalaria.
É promovido a general ainda em
1915, 12 dias antes do general Norton de Matos assumir o Ministério da Guerra e
é convidado por este a comandar a futura Divisão de Instrução que se concentrará
em Tancos e a seguir Comandante do CEP (Corpo Expedicionário Português) (1917)
que combateu na Flandres integrado no exército inglês na I Guerra Mundial.
Tamagnini de Abreu era um general a quem foram elogiadas as qualidades de
disciplina e comando militar. O Decreto n.º 2.938/1917 no seu Art.º 2-º Assumirá o comando do corpo
expedicionário português o general Fernando Tamagnini de Abreu e Silva, que
terá a competência que pelas leis e regulamentos em vigor é conferida ao
comandante em chefe do exército em operações e usará como distintivo do seu
pôsto e função, além das três estrelas de prata, o escudo da República.
A Batalha de La
Lys tem lugar a 9 de Abril de 1918 e os portugueses
encontravam-se em posições avançadas e o CEP foi destroçado por uma poderosa
ofensiva alemã, resultando na morte de 400 portugueses e cerca de 7000
prisioneiros, ficando o CEP muito fragilizado. Era, precisamente, neste dia que
estava prevista a substituição dos portugueses por ingleses.
O General Tamagnini de Abreu é substituído pelo General
Garcia Rosado em 25 de Agosto e o armistício que põe fim à guerra é assinado em
11 de Novembro de 1918.
Desempenhou as funções de Comandante da 5ª Divisão do
Exército e de Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Militar.
Escreveu as suas memórias:”Os
meus três Comandos” só dados a público em 2004 pela acção da historiadora
Isabel Pestana Marques. O que nos vai valendo são estas mulheres e estes homens
que acabam por evitar que desapareçam completamente testemunhos tão importantes
da nossa história.
Presidiu à Comissão incumbida de
rever a legislação relativa a mutilados e estropiados de guerra, bom como á de
Comissão dos Padrões da Grande Guerra.
Tamagnini de Abreu é feito Grande
Oficial da Ordem Militar de Avis, (1919) agraciado com a Grã-Cruz da Ordem
Militar de Cristo, (1919) com a Grã Cruz da Ordem Militar da Torre de Espada, de
Valor, Lealdade e Mérito (1920) e a Grã Cruz da Ordem Militar de Avis. (1920).
Faleceu em Lisboa a 24 de
Novembro de 1924.
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