terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Tamagnini de Abreu




Fernando Tamagnini de Abreu e Silva nasceu em Tomar, freguesia de Santa Maria dos Olivais, no dia 13 de Maio de 1856.

Escolheu a carreira militar e assenta praça como voluntário no Regimento de Cavalaria 2 em 2 de Junho de 1873.

Assumiu o cargo de director da Escola regimental em 1891 e passados dois anos ingressou na Guarda Municipal de Lisboa.

Vinte anos mais tarde participou na Escola de Repetição seguindo depois para o Estado Maior das Armas e Inspecção de Cavalaria Divisionária. Em 1915 é nomeado Comandante interino da Brigada de Cavalaria.

É promovido a general ainda em 1915, 12 dias antes do general Norton de Matos assumir o Ministério da Guerra e é convidado por este a comandar a futura Divisão de Instrução que se concentrará em Tancos e a seguir Comandante do CEP (Corpo Expedicionário Português) (1917) que combateu na Flandres integrado no exército inglês na I Guerra Mundial. Tamagnini de Abreu era um general a quem foram elogiadas as qualidades de disciplina e comando militar. O Decreto n.º 2.938/1917 no seu Art.º 2-º Assumirá o comando do corpo expedicionário português o general Fernando Tamagnini de Abreu e Silva, que terá a competência que pelas leis e regulamentos em vigor é conferida ao comandante em chefe do exército em operações e usará como distintivo do seu pôsto e função, além das três estrelas de prata, o escudo da República.

A Batalha de La Lys tem lugar a 9 de Abril de 1918 e os portugueses encontravam-se em posições avançadas e o CEP foi destroçado por uma poderosa ofensiva alemã, resultando na morte de 400 portugueses e cerca de 7000 prisioneiros, ficando o CEP muito fragilizado. Era, precisamente, neste dia que estava prevista a substituição dos portugueses por ingleses.

O General Tamagnini de Abreu é substituído pelo General Garcia Rosado em 25 de Agosto e o armistício que põe fim à guerra é assinado em 11 de Novembro de 1918.

Desempenhou as funções de Comandante da 5ª Divisão do Exército e de Presidente do Supremo Tribunal de Justiça Militar.

Escreveu as suas memórias:”Os meus três Comandos” só dados a público em 2004 pela acção da historiadora Isabel Pestana Marques. O que nos vai valendo são estas mulheres e estes homens que acabam por evitar que desapareçam completamente testemunhos tão importantes da nossa história.

Presidiu à Comissão incumbida de rever a legislação relativa a mutilados e estropiados de guerra, bom como á de Comissão dos Padrões da Grande Guerra.

Tamagnini de Abreu é feito Grande Oficial da Ordem Militar de Avis, (1919) agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, (1919) com a Grã Cruz da Ordem Militar da Torre de Espada, de Valor, Lealdade e Mérito (1920) e a Grã Cruz da Ordem Militar de Avis. (1920).

Faleceu em Lisboa a 24 de Novembro de 1924.
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