Fez parte das organizações
académicas que ajudaram à Implantação da República em Portugal em 1910.
Depois de cursar a Escola Militar
é promovido a alferes de Artilharia em 1 de Novembro de 1914. Faz então parte
da Bateria de Artilharia Expedicionária para Angola, incorporado na coluna comandada
pelo General Pereira de Eça, tendo-se distinguido nos combates de Mongua, no
Sul de Angola.
Regressado a Portugal e já como
major, é nomeado para servir na missão de Artilharia que parte para França em
Dezembro de 1916, por isso, para tomar parte no conflito da Guerra Mundial.
Condecoração Inglesa |
Na Flandres, comanda com brilho o
4º Grupo da Bateria de Artilharia que se encontrava sobre o Rio Escalda, por
isso, em posições avançadas quando se dá o armistício.
O seu demonstrado valor militar
em campanha é recompensado com a condecoração da Ordem de Torre e Espada, Cruz
de Guerra.
Por sua parte, os ingleses
atribuem-lhe a “Military Cross”, medalha criada em 1915 pelo Rei de Inglaterra
Jorge V.
Encontrando-se já no país, em
1919 é nomeado professor efectivo do Colégio Milita,r mas em Junho de 1924 é
destacado para Timor, onde exerce com grande eficiência as funções de chefe de
Estado Maior, secretário e encarregado do governo, isto até Março de 1927.
Já novamente no país é reformado
compulsivamente pela portaria de 20 de Maio de 1935 juntamente com outros
militares democratas, lista encabeçada pelo General José Norton de Matos.
Apesar dos esforços desenvolvidos
tanto nos trabalhos em papel como na Internet, não nos foi possível confirmar a
naturalidade de Santarém e saber o ano em que faleceu.
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Santarém no Tempo, Virgílio Arruda, 1971, p.517
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol III, p. 178.