sábado, 30 de novembro de 2013

Caetano de Figueiredo


Nasceu na então Vila de Santarém a 24 de Março de 1699 sendo filho de Manuel Figueiredo Vaz e de Mariana da Costa.

Ainda adolescente entrou na Religião dos Clérigos Regulares e na Casa de N. S. da Divina Providência, tendo recebido a roupeta a 8 de Abril de 1720.

 Com 21 anos parte para a Índia e é na Casa de Goa que faz profissão solene a 22 de Setembro de 1721.

Durante 14 anos desenvolve a sua acção missionária com muito zelo.

D. Alberto Caetano de Figueiredo volta ao Reino em 1735 e devido às suas qualidades onde avulta a afabilidade é elevado ao lugar de Prepósito (antigo prelado de certas congregações religiosas) governando a Casa de N. Senhora da Divina Providência de Lisboa. Tomou posse em 18 de Junho de 1740, terminando o mandato em 1743. Volta a exercer o lugar a partir de 22 de Setembro de 1748 que termina em 5 de Junho de 1751. Retoma o lugar em 29 de Agosto de 1754 acabando por renunciá-lo e ser substituído em 21 de Junho de 1755 pelo P. D. José Caetano de Carvalho.

Era considerado um talentoso orador sagrado, tendo deixado a seguinte obra: Panegyrico Funebre nas Exequias de João de Souza Mexia, Cavalleiro professo da Ordem de Christo, Secretario da Junta da Sereníssima Casa de Bragança, e do Infantado, e Escrivão da Fazenda da mesma Casa, celebradas pela Mesa do Santíssimo Sacramento da Freguezia das Mercês, a 24 de Julho de 1738. Feito em Lisboa na Officina Sylviana da Academia Real, 1738.
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Biblioteca Lusitana, Diogo Barbosa Machado, 1759

Memórias históricas cronológicas da Sagrada Religião dos Clérigos..., Thomaz Caetano do Bem.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Gil Guedes Correia de Queiroz


Nasceu na freguesia de S. Nicolau  de Santarém no dia 16 de Julho de 1795 o 1ºConde da Foz, título que lhe foi concedido em 30 de Setembro de 1862, tendo sido também 1º Barão por decreto de 21 de Outubro de 1843 e 1º Visconde por diploma de 15 de Setembro de 1855.

Era filho de Tristão Guedes Correia de Queirós Castelo Branco, capitão do regimento de cavalaria de Santarém e de Francisca Manuel Correia Barreto.

Herdou de seu pai todos os bens livres, de vínculos e de prazos, entre os quais o Morgadio de Momporcão, e as Herdades do Monte do Olival, de Murças e das Freiras, tudo no termo de Estemoz e igualmente Senhor da Herdade da Capela em Monforte.

Casou em 14 de Setembro de 1847 com D. Mariana Georgina Palha de Faria Lacerda, filha do Desembargador da Casa da Suplicação e proprietário, José Pereira Palha de Faria Guião, fidalgo da Casa Real.

Entrou no serviço militar em 10 de Outubro de 1812, por isso com 17 anos e já como alferes de cavalaria tomou parte na Guerra Peninsular. Acabada esta oferece-se para tomar parte na divisão destinada a Montevideu e já como tenente.

Tomou parte na luta que se travou no Rio da Prata em 1816 sendo elogiado em várias Ordens da divisão e promovido a capitão.

Regressa a Portugal e é colocado no Regimento de Cavalaria nº 2.

De ideias liberais combate as forças do Conde de Amarante em 1823.
Com a chegada do Infante D. Miguel sai de Lisboa indo reunir-se aos liberais na ilha Terceira, nos Açores.

Fez parte da expedição que desembarcou em 8 de Julho de 1832 nas praias do Mindelo e entrou no cerco do Porto onde se distinguiu.

Já como major foi ajudante de campo de D. Pedro e promovido a tenente-coronel.

Em 1834 é coronel e comanda o Regimento de Cavalaria nº 1. Após a Revolução de Setembro pede a exoneração do comando, retirando-se para a sua casa no Alentejo.

Em 1843 governava a forte Praça de Elvas, é graduado em brigadeiro e passa a ajudante de campo de D. Fernando II. Em 1851 promovido a Marechal de Campo, em 1860 a Tenente-General e em 1864 a General de Divisão.

Fidalgo da Casa Real foi agraciado com variadíssimas condecorações entre as quais a de Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada e Grã-cruz da Ordem de Avis

Faleceu no Paço das Necessidades  em Lisboa, a 27 de Fevereiro de 1870.
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Santarém no Tempo, Virgílio Arruda, 1971.
Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, Américo Costa, Vol. VI, 1938 pp 958 e 959.
Boletim da Junta de Província do Ribatejo, 1937/40, p 560.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Frei Pedro Arnaldo


Cavaleiro do Templo de que teria sido um dos oito fundadores da Ordem (1118) e seu 3º Mestre.

Na época da Reconquista, a sua memória ficou ligada à fundação da Igreja de Santa Maria de Alcáçova, em Santarém (1154).

Segundo uma pequena lápide que sobreviveu aos vários restauros daquele templo ao longo dos séculos, teria recebido essa incumbência de D. Hugo.

Ao longo dos anos, nos restauros têm aparecido restos do templo medieval.

D. Frei Pedro Arnaldo, Comendador de Santarém, após a conquista deste forte castelo aos mouros, a qual ajudou a obter, teria sido incumbido desta construção para comemorar o facto, o que realizou junto da Alcáçova.

Igreja de Sta. Maria de Alcáçova.
Des. de Braz Ruivo

Foi um excelente guerreiro tendo estado muito ligado a D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques.

Esteve como Cavaleiro Cruzado na Terra Santa ajudando a proteger os caminhos para Jerusalém.

D. Afonso Henriques concedeu-lhe privilégios em 1155 quando já era rei de Portugal.

Parece ter morrido em combate a 24 de Junho de 1158, no assédio às muralhas quando se pretendeu conquistar pela primeira vez aos mouros a forte praça de Alcácer do Sal.

Sucedeu-lhe com Mestre da Ordem do D. Gualdim Pais.

Foi sepultado na Igreja de Santa Maria de Alcáçova, em Santarém, que fundou.

Há quem lhe atribua, talvez com mais propriedade, que seja natural de Gondomar.

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Monumentos e Lendas de Santarém, Zepherino N. G. Brandão, David Corazzi, Editor, Lisboa, 1883.
Santarém no Tempo, Virgílio Arruda, 1971
pt.cyclopedia.net/wiki/Frei-Arnaldo-(templário)
blog.thomar.org/2007/04/mestres-da-ordem-do-templo.html
templariosportugueses.blogspot.pt/2010_03_01_archive.html
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