domingo, 19 de janeiro de 2014

Pedro Augusto de Azevedo



Bibliotecário Arquivista e Historiador.

De seu nome completo Pedro Augusto de S. Bartolomeu de Azevedo nasceu a Santarém em 24 de Agosto de 1869, sendo filho do professor do ensino Secundário Ventura Faria de Azevedo.

Depois dos estudos secundários entra aos 19 anos como praticante de amanuense na Inspecção de Bibliotecas e Arquivos. Tira, entretanto, o Curso Superior de Bibliotecário Arquivista, de que foi o primeiro diplomado em Portugal.

Entra no Arquivo Nacional da Torre do Tombo como amanuense-paleógrafo e dedica-se à profissão como um verdadeiro sacerdócio, estudando e investigando.

Em 1894 era primeiro-oficial, em 1900 bibliotecário arquivista e em 1902 Conservador altura  em que é  nomeado professor de paleografia do Curso de Arquivistas.

É considerado dos mais notáveis investigadores históricos portugueses e com raras aptidões para a paleografia e diplomática.

Como investigador da sua época teria sido só suplantado, segundo os críticos, por João Pedro Ribeiro e Alexandre Herculano.

Entra no Arquivo Nacional da Torre do Tombo como amanuense paleógrafo e dedica-se à profissão como um verdadeiro sacerdócio, estudando e investigando.

Em 1894 era primeiro-oficial, em 1900 a bibliotecário arquivista e em 1902, Conservador, altura em que é nomeado professor de paleografia do Curso de Arquivistas.

Em 1918 passa a servir na Biblioteca Nacional e em 1927 assumiu o lugar de Director interino.

Pedro Augusto de Azevedo deixou os seus trabalhos espalhados por muitos lados, principalmente como colaborador do Archivo Histórico Portuguez, dirigido por Anselmo Braamcamp Freire, constituído por 11 volumes.

Igualmente, prestou o seu contributo à Revista Lusitana, no Archeólogo Portuguez, nos Anais das Bibliotecas e Arquivos Nacionais, na Revista de História e na Revista Lisitana, além de outras colaborações.

A nível de documentos publicados ou em colaboração a lista é extensa.

Assim, entre outros, temos: Documentos das Chancelarias Reais anteriores a 1531, relativos a Marrocos, Lisboa, Academia das Ciências, 1º Tomo 1915, 2 em 1934; Registos Paroquiais de Lisboa; Registos da Freguesia de Santa Cruz do Castelo desde 1536 até 1628, Lisboa, Academia das Ciências, 1913 (em colaboração); Registos Paroquiais da Sé de Tânger, Lisboa, Academia das Ciências, 1922 (em colaboração); Capítulos do concelho de Elvas apresentados em Cortes, Elvas, 1914; Documentos relativos  ao Descobrimento e Colonização do Brasil, durante o século XVI, existentes em Arquivos Portugueses, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1928; Livro dos Bens de D. João de Portel, separata do Arquivo Histórico Português, Lisboa 1907 e O Processo dos Távoras, Lisboa, Biblioteca Nacional, 1921.

Muitíssimos mais trabalhos deixou, hoje procurados pelos novos investigadores.

Como especialista que era nas matérias, deixou importantes estudos sobre paleografia, diplomática, arquivologia e biblioteconomia.

Faleceu em Lisboa a 3 de Março de 1928 e o seu nome faz parte da toponímia da capital, e não o conheço na terra onde nasceu que parece tê-lo ignorado.

Nos trabalhos em que se referem Santarenos Ilustres ou em Destaque, não me lembro de o ver referido, pelo menos nos que conheço apesar de serem considerados os mais desenvolvidos na temática.

Será que Pedro Augusto de Azevedo não merece ter uma rua com o seu nome na cidade onde nasceu?

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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. III, pp 927 e 928

Enciclopédia Verbo Século XXI, Vol. 3, pp 1250, 1251

Dicionário de História de Portugal (Dir. de Joel Serrão), Vol. I, Livraria Figueirinhas / Porto