Bibliotecário Arquivista e
Historiador.
De seu nome completo Pedro
Augusto de S. Bartolomeu de Azevedo nasceu a Santarém em 24 de Agosto de 1869,
sendo filho do professor do ensino Secundário Ventura Faria de Azevedo.
Depois dos estudos secundários
entra aos 19 anos como praticante de amanuense na Inspecção de Bibliotecas e
Arquivos. Tira, entretanto, o Curso Superior de Bibliotecário Arquivista, de
que foi o primeiro diplomado em Portugal.
Entra no Arquivo Nacional da
Torre do Tombo como amanuense-paleógrafo e dedica-se à profissão como um
verdadeiro sacerdócio, estudando e investigando.
Em 1894 era primeiro-oficial, em
1900 bibliotecário arquivista e em 1902 Conservador altura em que é
nomeado professor de paleografia do Curso de Arquivistas.
É considerado dos mais notáveis
investigadores históricos portugueses e com raras aptidões para a paleografia e
diplomática.
Como investigador da sua época
teria sido só suplantado, segundo os críticos, por João Pedro Ribeiro e Alexandre
Herculano.
Entra no Arquivo Nacional da
Torre do Tombo como amanuense paleógrafo e dedica-se à profissão como um
verdadeiro sacerdócio, estudando e investigando.
Em 1894 era primeiro-oficial, em 1900 a bibliotecário arquivista
e em 1902, Conservador, altura em que é nomeado professor de paleografia do
Curso de Arquivistas.
Em 1918 passa a servir na
Biblioteca Nacional e em 1927 assumiu o lugar de Director interino.
Pedro Augusto de Azevedo deixou
os seus trabalhos espalhados por muitos lados, principalmente como colaborador
do Archivo Histórico Portuguez, dirigido
por Anselmo Braamcamp Freire, constituído por 11 volumes.
Igualmente, prestou o seu
contributo à Revista Lusitana, no Archeólogo Portuguez, nos Anais das Bibliotecas e Arquivos Nacionais,
na Revista de História e na Revista Lisitana, além de outras
colaborações.
A nível de documentos publicados
ou em colaboração a lista é extensa.
Assim, entre outros, temos: Documentos das Chancelarias Reais anteriores
a 1531, relativos a Marrocos, Lisboa, Academia das Ciências, 1º Tomo 1915,
2 em 1934; Registos Paroquiais de Lisboa;
Registos da Freguesia de Santa Cruz do Castelo desde 1536 até 1628, Lisboa,
Academia das Ciências, 1913 (em colaboração); Registos Paroquiais da Sé de Tânger, Lisboa, Academia das Ciências,
1922 (em colaboração); Capítulos do
concelho de Elvas apresentados em Cortes, Elvas, 1914; Documentos relativos ao
Descobrimento e Colonização do Brasil, durante o século XVI, existentes em Arquivos Portugueses ,
Coimbra, Imprensa da Universidade, 1928; Livro
dos Bens de D. João de Portel, separata do Arquivo Histórico Português,
Lisboa 1907 e O Processo dos Távoras,
Lisboa, Biblioteca Nacional, 1921.
Muitíssimos mais trabalhos deixou,
hoje procurados pelos novos investigadores.
Como especialista que era nas
matérias, deixou importantes estudos sobre paleografia, diplomática, arquivologia
e biblioteconomia.
Faleceu em Lisboa a 3 de Março de
1928 e o seu nome faz parte da toponímia da capital, e não o conheço na terra
onde nasceu que parece tê-lo ignorado.
Nos trabalhos em que se referem
Santarenos Ilustres ou em Destaque, não me lembro de o ver referido, pelo menos
nos que conheço apesar de serem considerados os mais desenvolvidos na temática.
Será que Pedro Augusto de Azevedo
não merece ter uma rua com o seu nome na cidade onde nasceu?
_________________________________________
Grande Enciclopédia Portuguesa e
Brasileira, Vol. III, pp 927 e 928
Enciclopédia Verbo Século XXI,
Vol. 3, pp 1250, 1251
Dicionário de História de
Portugal (Dir. de Joel Serrão), Vol. I, Livraria Figueirinhas / Porto