Rodrigo Zagalo Nogueira teria
nascido em Tomar a 9 de Dezembro de 1819, ainda que lhe sejam dadas outras
naturalidades como muitas vezes acontece, neste caso, Braga, Lisboa e Açores.
A Movimentação dos pais por
motivos profissionais como parece ser este o caso, dá, por vezes, origem a
estes factos.
Era filho de Manuel Joaquim
Nogueira, fidalgo da Casa Real, comendador da Ordem da Conceição e foi juiz na
relação dos Açores.
Foi com os pais para a ilha
Terceira com três anos de idade só saindo de lá para cursar medicina.
Foi médico cirurgião, formado
pela Universidade Médica de Lisboa, hoje Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nova de Lisboa.
Na Universidade Católica de
Lovaina fez o doutoramento em 1840.
Regressou à sua ilha após a
conclusão do doutoramento, exercendo a profissão no Hospital de Santo Espírito
na cidade de Angra do Heroísmo. Em 17 de Agosto de 1859 foi nomeado Cirurgião
da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, por carta de mercê de D. Pedro V.
Além de um homem de ciência, foi
grande benemérito, sendo conhecido como “o médico dos pobres”
Tornou-se sócio correspondente da
Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e da Academia Nacional de Cirurgia e
Medicina de Cádis.
Ainda que seja referenciado como um
político, não consegui encontrar nada sobre ele, admitindo, contudo, que
tivesse sido um liberal, quando ser liberal significava ser de esquerda. Os
“médicos dos pobres”, nunca conheci nenhum de direita, eram todos de esquerda.
Por renúncia de seu pai, é
nomeado, por carta de 1 de Março de 1848, Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Escreveu:
A Breve Notícia (Preposições
para serem defendidas na Escola Médico-cirúrgica de Lisboa, 1839;
Breves notícias sobre a topografia médica da cidade de Angra do
Heroísmo, Angra do Heroísmo 1844.
Romances Históricos, por um brasileiro. Nova edição correcta,
aumentada e seguida de algumas poesias soltas, Bruxelas, 1866.
Colaborou com artigos de ordem
científica no Jornal das Ciências Médicas
de Lisboa e de carácter geral na imprensa terceirense.
Desconhece-se a data do seu
falecimento.
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:Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dicionário Bibliográfico Português, Inocêncio Francisco da Silva,
Tomo VII, Lisboa, 1862, p 183, 184.
Dicionário Bibliográfico
Português, Inocêncio Francisco da Silva (Brito Aranha) Tomo XVIII, Lisboa,
1906, p.290, 291.