De seu nome completo, António de Saldanha de Oliveira de
Juzarte e Sousa, nasceu na Quinta da Azinhaga, propriedade da família, em 16 de
Novembro de 1776, sendo filho de D. João Vicente de Saldanha Oliveira e Sousa
Juzarte Figueira e de D. Maria Amália de Carvalho Daun, 1ºs Condes de Rio
Maior.
Casou com D. Leonor Ernestina de Carvalho Daun e Lorena, a
16 de Novembro de 1806, filha dos 3ºs Marqueses de Pombal e 1ºs Condes da
Redinha de que houve geração.
Sendo o filho primogénito, herdou o título (decreto de 7 de
Junho de 1804) e a grande casa de seus pais e foi o 17º administrador do
Morgado de Oliveira.
Frequentou o Colégio dos Nobres e obteve o grau de bacharel
em Leis na Universidade de Coimbra.
Moço fidalgo, gentil-homem, fez parte da câmara de D. João
VI. Grã-Cruz das Ordens de Santiago de Espada e de Nossa Senhora da Conceição
de Vila Viçosa e Comendador da Ordem de Cristo.
Assentou praça como cadete em 1800 no Regimento de
Infantaria 4 e já capitão foi ajudante de campo do General Gomes Freire de
Andrade durante a campanha militar de 1801.
No posto de Coronel, comanda o Regimento de Voluntários
Reais de Milícias a Pé, de Lisboa Oriental, mas em 1807 com as Invasões
Francesas acompanha a família real na qualidade de gentil-homem, na sua
retirada para o Brasil, regressando com ela em 1821.
Após a Vilafrancada,
movimento militar que tinha por cabeça o Infante D. Miguel, é incumbido de ir
ao Brasil, juntamente com Francisco José Vieira, levar uma carta de D. Afonso
VI para seu filho D. Pedro, já declarado Imperador daquele país e a sua nora, a
princesa (imperatriz) D. Maria Leopoldina. A corveta que os levava não pode
fundear no porto de Rio de Janeiro com a bandeira portuguesa desfraldada e foi
obrigada a fundear debaixo de ponto de tiro das baterias. O Conde a muito custo
consegue o envio das cartas aos seus destinatários, mas são devolvidas sem
sequer serem abertas, tudo isto porque Portugal ainda não tinha reconhecido a
independência daquela antiga colónia.
O Conde de Rio Maior procurou por todos os seus meios ser
recebido por D. Pedro que sempre o recusou, ficando a corveta apresada seguindo
os dois emissários para a Europa noutro navio.
Ao regressar a Portugal depois desta difícil e falhada missão
é-lhe cometida outra, igualmente difícil, ou seja, acompanhar o Infante D.
Miguel a Viena de Áustria desterrado para ali depois da Abrilada.
Com um Infante daquele temperamento, as coisas que
certamente não teriam decorrido como desejava e com isso acaba por agravar os
seus sofrimentos, falecendo naquela cidade a 3 de Março de 1825.
Sucedeu-lhe o título e na casa como 3º Conde de Rio Maior,
D. João de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa.
Segundo o Portugal
Sacro – Profano, II Parte, Paulo Dias de Niza, Lisboa, 1768, a Várzea, freguesia
do Patriarcado te, por orago Nª Sª da Conceição. O Pároco é cura da
apresentação do Prior de S. Martinho de Santarém, rende um moio de trigo, uma
pipa de mosto, dois cântaros de azeite e 3600 réis em dinheiro que paga o
Comendador, o Morgado de Oliveira.
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Enciclopédia Histórica
de Portugal, (Dir. de Duarte de Almeida), Vol. 11, João Romano Torres &
Cª, 1938.
Dicionário Corográfico
de Portugal Continental e Insular, Américo Costa, Vol X, Livraria
Civilização, Porto, 1948, p 342.
Portugal Antigo e
Moderno – Dicionário... , Augusto Soares Barbosa d `Azevedo Pinho Leal, Vol
VIII, Lisboa, 1878, p 202, 203.
http://www.aatt.org/site/índex.php?op=Núcleo&id=1674
htt://rio-maior-cidadania.blogspot,pt/2010/05/os-condes-e-marqueses-de-rio-maior.html