Joaquim Jorge de Magalhães Saraiva
da Mota nasceu na freguesia de S. Salvador da cidade de Santarém a 17 de
Novembro de 1935 era filho de Eloi do Nascimento Saraiva da Mota e de D. Miquelina
Augusta Flores de Magalhães, distinguiu-se na política e na advocacia.
Faz a licenciatura na cidade de
Lisboa e durante o curso é dirigente nacional da Juventude, Católica, JUC sendo
o coordenador redactorial do Boletim de Informação Pastora. Foi colaborador de Encontro, órgão da Juventude Universitária
Católica (1956) e editor de Quadrante,
órgão da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa (1958).
Foi chefe de Gabinete do
Secretário de Estado da Indústria no Governo de Marcelo Caetano.
É deputado da Nação na X
Legislatura do “Estado Novo” (Março 1969 / Setembro 1971) pelo Círculo de
Santarém, fazendo parte da Ala Liberal onde se encontravam entre outros, Pinto
Leite, Sá Carneiro e Pinto Balsemão (Dezembro de 1969-1973) e subscreve o
projecto de revisão constitucional da Ala Liberal (16 de Setembro de 1970).
Foi fundador e Presidente do
Conselho Coordenador da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e
Social (1970).
Depois do 25 de Abril, mais
precisamente em 6 de Maio de 1974, juntamente com Sá Carneiro e Pinto Balsemão
funda o PPD (Partido Popular Democrático) mais tarde PPD/PSD (Partido Social
Democrata).
Organiza, entretanto, o Encontro
dos Liberais, congresso que pretendia demonstrar a existência de uma terceira
via entre o regime e a oposição democrática (Julho de 1973).
Participa nas reuniões para a
formação do I Governo Provisório desempenhando as funções de Ministro da
Administração Interna, de que é 1º Ministro Adelino da Palma Carlos.
É Ministro sem pasta no II, III e
IV Governos Provisórios e no VI do Comércio Interno.
Assume o lugar de Secretário
Geral do PSD até Janeiro de 1978.
Assina
o acordo de revisão do Pacto MFA-Partidos, em nome do PPD (26.09.1976).
Em 1979
por divergência de estratégias com Sá Carneiro, abandona o Partido e a partir
de 1980 é deputado pela ASDI (Associação Social Democrata Independente) que
funda (1979), tendo já sido deputado à Assembleia Constituinte e à da
República.
Defendia
com outros militantes do PSD uma linha política de centro esquerda, rejeitando
o liberalismo capitalista e o estalinismo colectivista.
Foi
eleito deputado pelo PRD nas Eleições Legislativas de 1987.
Manifesta
o seu apoio à candidatura de Jorge Sampaio a Presidente da República.
Faleceu
no Hospital da Luz em Lisboa a 26 de Setembro de 2007. O féretro saiu da
Basílica da Estrela para o cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Publicou:
A Colonização Interna e o Emparcelamento na
Evolução do Direito Agrário Português,
Braga, 1966.
A Quota de Indivíduo em regime de Comunhão de
Bens, em Sociedade por Quotas em que o Pacto Consagra Cláusula de
Intransmissibilidade, Braga, 1970.
Colonização Interna e Emparcelamento, Braga, 1972.
Encontro de Reflexão Política, Lisboa, 1973, em co-autoria com Tomás de Oliveira Dias e
José da Silva.
Indemnização por expropriação, Braga, 1976.
Grandes Opções do Plano 2000: Parecer do
Conselho Económico e Social, Lisboa, 2000,
em co-autoria.
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“Nascido em Santarém em 1935 –
Faleceu Magalhães Mota”, Correio do
Ribatejo de 29.9.2007.
“Morreu Magalhães Mota um dos
Fundadores do PSD”O Ribatejo,
28.09.2007.
“Magalhães Mota era Ribatejano”O Ribatejo “de 4.10.2007, Armando
Fernandes.
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