Natural da Vila de Povos, hoje concelho de Vila Franca de
Xira, onde nasceu a 25 de Julho de 1747. Arquitecto de formação, aos 21 anos D.
José envia-o para Itália para completar a sua formação, estudando em Bolonha
onde se enquadra na formação neoclássica.
Os seus trabalhos obtiveram vários prémios e distinções e
foi nomeado Académico de Honra.
Percorre as cidades italianas mais significativas da sua
arte como Génova, Veneza, Florença e Roma que muito o ajudam na sua formação.
Não deixa de visitar as ruínas de Pompeia e na Campânia o
Palácio Real de Caserta, obra de Luigi Vanvitelli
É convidado a ser professor da Universidade de Coimbra mas
não aceita o convite.
Regressa a Portugal em 1780 e no ano seguinte é designado
professor de Arquitectura da aula de desenho, em Lisboa.
Em 1789, é encarregado pelo Ministro da Fazenda para
projectar o edifício do Erário Régio, mas não passou das fundações pois a sua
conclusão atingiria verbas incomportáveis para o erário público. Três anos
depois um grupo de capitalistas contrata-o para realizar um projecto de teatro
de ópera que substituísse o arrazado pelo Terramoto de 1755. É assim que sai o
Teatro de São Carlos ainda activo e que revela influências de estilo do Teatro La Scala , de Milão e do Teatro
de San Carlo em Nápoles.
Além de boa construção foi-lhe proporcionado uma excelente
acústica.
Pela mesma altura e por iniciativa de D. Maria Francisca
Benedita é responsável pelo projecto do Asilo dos Inválidos Militares, em Runa
(Torres Vedras) que além desta missão servia de residência à princesa.
Outra obra em que esteve envolvido foi a construção do
Palácio da Ajuda, trabalhos que começaram em 1795 pelo arquitecto régio Manuel
Coelho de Sousa, mas os planos foram alterados por Costa e Silva, supervisor, e
pelo italiano Francisco Fabri que quando Costa e Silva vai para o Brasil fica
sozinho à frente da empreitada.
Incumbiu-se também da conclusão da capela-mor do Loreto.
Em 1812 e com a família Real no Brasil devido às Invasões
Francesas, é chamado pelo Príncipe Regente D. João, chegado ao Rio de Janeiro é
nomeado Arquitecto das Obras Reais.
Parece ter preparado um projecto para a fachada do Paço de
São Cristóvão, mas desconhece-se se foi
aproveitado na construção neoclássica do palácio. Há quem lhe atribua uma certa
semelhança com a fachada do Palácio real da Ajuda. Outra obra em que é suposto
ter-se envolvido, é no Teatro de São João no Rio de Janeiro que parece
apresentar algumas semelhanças ao de Lisboa.
Em 1818, José da Costa e Silva desfez-se da sua colecção de
objectos de arte, composta por camafeus, estampas, pinturas, moldes e livros,
que vendeu à Biblioteca do Rio de Janeiro pela quantia de um conto e seiscentos
mil reis.
Já não regressa a Portugal, pois falece no Rio de Janeiro a
21 de Março de 1819.
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Wikipédia,
a enciclopédia livre
Lello Universal – Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro,
Vol. II, 1975, p 902
História de Portugal, Joaquim Veríssimo Serrão, Vol. VI, 1982, p 458
História de Portugal, M. Pinheiro Chagas e J. Barbosa Colen, Vo. XII, 1907, p 161
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http://www.infopedia.pt/$jose-da-costa-e-silva