Clemente José dos Santos nasceu em Vila Franca de Xira a
5 de Janeiro de 1818, era filho de João dos Santos e de sua mulher Maria Rita,
faleceu em Lisboa a 2 de Outubro de 1892.
É educado na Casa Pia de Lisboa onde revelou a sua grande
capacidade intelectual. Neste sentido vai frequentar aulas de taquigrafia que
funcionavam junto do Parlamento, onde acaba por ser nomeado professor e Chefe
de Serviços dessa especialização.
Mais tarde, é na Câmara dos Pares Director-Geral e Lente da
mesma matéria.
Casou em 13 de Julho de 1846 com Rosa Loureiro dos Santos.
Sendo um profundo estudioso aproveitou os 40 anos junto das
instâncias nacionais para coligir elementos que lhe serviram para compor os
Documentos para a História das Cortes
Gerais da Nação Portuguesa, que deu a público em 8 volumes. Oliveira
Marques considera esta obra como excelente
e valiosa publicação. Preparou também Memórias
e Biografias Parlamentares que infelizmente não concluiu. Contudo completou
e deu a público obras de grande importância para o nosso Parlamento como Cérémonial
de la Cour de
Portugal., Récéption des Ministres Étrangers, Audiences et Présentations,
Lisbonne, 1891; Fórmula Adoptada para Recepção, Juramento e
Posse dos Príncipes e Infantes na Câmara dos Dignos Pares do Reino e Relação
dos Factos Ocorridos em 1836, 1876 e 1891, Lisboa, 1891
Possuindo grande inteligência e sendo um profundo
trabalhador constituiu-se um auxiliar precioso dos vários Presidentes da Câmara
dos deputados.
Por Decreto de D. Luís de 16 de Junho de 1887 e Carta de 16
de Setembro do mesmo ano, foi criado 1º Barão de S. Clemente do Conselho de Sua
Majestade, Fidalgo da Casa Real, Director Geral na Câmara dos Deputados,
escritor, Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa,
Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, Membro da Comissão
Administrativa do Asilo de Santa Catarina , Sócio da Real Associação dos
Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, Taquígrafo das Cortes, Bibliotecário-Mor
das Cortes e Comendador da Ordem de Santiago.
No Parlamento recebeu por diversas vezes honrosos elogios de
oradores de todos os partidos que muito o estimavam, prestando ajuda a todos os
que dele precisavam.
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Dicionário Corográfico
de Portugal Continental e Insular, de Américo Costa, Vol. X, Porto, 1948,
p.857
Portugal – Dicionário
Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e
Artístico, Vol VI, pág. 673. Edição em papel, 1904 – 1915, João Romano
Torres.Edição electrónica, 2000 – 2010, Manuel Amaral.
História Genealógica da
Casa Real Portuguesa, Vol. XV, 2007, p 493
Antologia da
Historiografia Portuguesa, org. de Oliveira Marques, II Vol. Publicações
Europa-América, 1975, p 100.
Boletim da Junta de
província do Ribatejo, 1937 – 40 (Dir. Abel da Silva) Bertrand (Irmãos),
1940, p 676.
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