Agora que se passaram os 117 anos deste velho Amigo que nós conhecemos há cerca de seis décadas, interessará referir, e nunca é demais fazê-lo, aquele que o criou e que não foi, exclusivamente um conhecedor da região onde nasceu e desenvolveu a sua plurifacetada actividade.
Para nossa surpresa, quando desfolhámos há anos o Volume I, A – B da ALGARVIANA – Subsídios para uma bibliografia do Algarve e dos autores algarvios, de autoria de Mário Lyster Franco, advogado, político, jornalista e escritor, outro homem muito versátil e que muito deu à sua região natal, encontrámos, a páginas 169 e 170 a seguinte referência ao fundador deste semanário:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNgyE4EY2Wq77U-24j4UzOyGmt2X8n9ZguxnXN-VuYKR4ZWjlFR6IEOgX1vO7Ro2o9LebNRK8L-7sFaDXGUG8-PE_dDTq7OVgqRCo4a8PmFY9A3k7p-FgZSX_GFxAZTDgA_Lcem7zHHpqM/s200/Jo%25C3%25A3o+Arruda.jpg)
ARRUDA (João) Escritor e jornalista, nascido em Santarém, a 18-XI-1868, e falecido na mesma cidade, a 14-V-1934. Na sua terra desempenhopu diferentes cargos públicos e fundou e dirigiu o semanário Correio da Extremadura, aparecido em 1891 e que, com o nome de Correio do Ribatejo, ainda se publica, desde a sua morte sob a direcção de seu filho, o advogado, escritor e académico dr. Virgílio Arruda. Nesse jornal publicou artigos de real valia e entre eles curiosas impressões de viagens que realizou a diferentes pontos do País e do estrangeiro. Figuram entre eles, publicada em 1905, uma série expressamente consagrada ao Algarve, que visitou por essa altura e que, reunidas em volume, com outras de várias regiões, constituem o livro
Cartas d`um viajor – 1908 – Typographia do Correio da Extremadura – editora – Santarém
In 4.º, 14,3x9, de 10-298-6 pp., sendo destas, 1 de erratas, 1de índice e 4 em br.. A capa, impressa a cores, reproduz vários aspectos das regiões visitadas e a parte que interessa a estes Subsídios. Intitulada No Algarve, comporta 8 capítulos, precedido cada um do respectivo sumário, é datada de Junho – 1905 e vai de pp. 67 a 129.
Além deste texto traz a capa do livro referido.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQUwU8BGK0JZikzb1wqvyAuCGhSa8Keq4X8v1hY3VfYEh4TJjGSE2BE4JaqOYffpbY8rC0M3s-F87LjoUGgEp9AySM8OB__7WtYIncbrs0szM_Ghj_fNE4BJZKI9j7EAiAUTIubIG8cJb2/s200/M%25C3%25A1rio+Lyster+Franco.jpg)
Numa nota de rodapé refere: Igualmente nascido em Santarém (Virgílio Arruda), onde desfruta de grande prestígio, é também escritor de brilhantes qualidades, com valiosos trabalhos publicados. Amigo muito dedicado do Algarve e frequentador relativamente assíduo das suas praias, nunca deixa de registar também as suas impressões colhidas entre nós, em interessantes artigos que dá à estampa no jornal que dirige e nos semanários de Faro, Correio do Sul e Folha de Domingo de que é eventual colaborador.
O autor do trabalho que referimos foi várias vezes referido neste jornal pelo Dr. Virgílio Arruda, incluindo o seu falecimento ocorrido em 1984.
Infelizmente da ALGARVIANA só saiu o volume que referimos e já se passaram vinte e seis anos!
João Arruda, continua presente e teremos sempre coisas novas para nele encontrar, se as procurarmos.