quinta-feira, 25 de junho de 2009

Carlos Amaro


(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 21.04.1995)

Chegou a vez de referir um chamusquense.

Carlos Amaro de Miranda e Silva, nasceu na vila da Chamusca em 22 de Agosto de 1879, tendo falecido em Lisboa com sessenta e seis anos, mais precisamente em 8 de Julho de 1946.

Fez o curso liceal em Santarém, frequentando seguidamente a Escola de Agronomia de Lisboa, curso que foi forçado a abandonar em 1896, por ter sido preso na cadeia do Limoeiro, com outros estudantes republicanos, por motivos políticos.

Mais tarde vem a matricular-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde conclui o curso em 1907.

Foi um dos fundadores do “Clube dos Estudantes Republicanos José Falcão”, de que foi também presidente.

Fundou e colaborou no jornal académico A Pátria, que se publicava em Coimbra.
Fixa-se em Lisboa tomando parte activa na divulgação das ideias republicanas. Proclamada a República, é eleito deputado às Constituintes. Veio a ser militante do Partido Unionista.

Colaborou em diversos jornais, entre os quais, A Luta, República e Capital, sendo a sua última colaboração conhecida, no Diário de Lisboa, usando o pseudónimo de Frei Carlos.

Considerado poeta delicado, escreveu: “Castelos em Espanha”, ensaio e as peças “Cena Antiga” ou “Entre Dois Beijos”, representada em Coimbra; “S. João subiu ao Trono”, em três actos, representada em Lisboa e “Cabra Cega”, estreada em Setembro de 1935.
Desempenhou o lugar de Conservador do Registo Civil do 3º Bairro de Lisboa.

Foi crítico de Arte e de Teatro e colaborador da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
___________________________

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
Boletim da Junta de Província do Ribatejo, 1937/40