quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Moita Macedo

Autor - Hugo Beja
José Albano Pinto Moita Soares de Macedo de seu nome completo ficou conhecido na arte plástica como pintor lírico e expressionista, gestual, abstracto, trágico e na poesia como Moita Macedo.

Nasceu em Almeirim, freguesia de Benfica do Ribatejo em 17 de Outubro de 1930.
É originário de uma família tradicional onde avulta a figura do avô, Cap, médico José Luís dos Santos Moita que era natural da freguesia de Alcanena e que tomou posse de Governador Civil de Santarém em 7 de Julho de 1919 e deputado da I Assembleia Constituinte. Consta-nos que o Dr. Santos Moita foi a alma da criação do concelho de Alcanena, como aconteceu com outros republicanos, por exemplo em Alpiarça, desanexada de Almeirim e S. Brás de Alportel desanexado de Faro. A influência do avô parece ter sido determinante na sua formação e consciência social.

Casa em 1951 com Maria José Ribeiro de cujo enlace nascem cinco filhos.

Cumpre o serviço militar no então Estado Português da Índia entre 1954 e 1957.

Executa trabalhos de restauro na Igreja de Nossa Senhora do Mar em Damão e juntamente com artistas locais trabalha o barro e o marfim.

Inicia a sua vida propriamente profissional nos escritórios da Siderurgia Nacional em 1949 onde trabalha durante 24 anos. O contacto com o aço e o ferro era indispensável, materiais que vem a utilizar em alguns dos seus trabalhos.

Conhece, entretanto, Almada Negreiros e Artur Bual com quem troca impressões e experiências que o enriquecem.

È autor de uma escultura em aço de 5 toneladas que foi colocada nas instalações do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional.

Entre 1972 / 73 ilustra as capas de vários livros em Portugal e no Brasil.

Dirigiu também as galarias Futura e Opinião.
Expõe Hiroxima, Apocalipse, poema para Manuel Alegre, o que fez mexer as críticas do regime salazarista.

Entre 1973 e 1983 escreveu vários textos de apresentação de trabalhos de colegas entre os quais de Silva Palmeira, seu “vizinho” de Santarém.

Continua trabalhando na arte que lhe dá prazer, realizando exposições individuais ou celectivas (Artur Bual e Francisco Simões, por exemplo e é este que faz o seu busto em bronze, em 1980).

Entra também na arte de azulejaria e a sua poesia é editada em “Cantares de Amigo” com mais três poetas. (1983)

Faleceu em Lisboa em 18 de Maio de 1983, tendo-lhe posteriormente sido prestadas várias homenagens.

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Boletim da Junta de Província do Ribatejo de 1937-40. Dir. e Ed. de Abel da Silva, p. 692 e 693.
Tomás Paredes, Presidente da Associação de Críticos de Arte de Madrid, 2010.