domingo, 16 de fevereiro de 2014

Alves Redol



António Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira a 29 de Dezembro de 1911, vindo a falecer em Lisboa a 29 de Novembro de 1969. Era filho de António Redol da Cruz, um pequeno comerciante ribatejano e de Inocência Alves Redol.

Frequentou o Colégio Arriaga em Lisboa onde concluiu o Curso Comercial em 1927, seguindo depois para Angola, Luanda, no “Niassa” a 5 de Abril de 1928 no sentido de poder encontrar uma vida melhor, o que não veio a acontecer

Escreve aos 15 anos o seu primeiro artigo para a imprensa regional no caso na “Vida Ribatejana”, de Vila Franca de Xira.

Regressa a Portugal em 1930 onde exerce várias profissões, envolvendo-se também na oposição à política do “Estado Novo” que combate já sendo membro do Partido Comunista.

Colaborou, entretanto, com o jornal “O Diabo”.

Encontra na literatura a maneira de combater o regime salazarista com a sua escrita neo-realista de que se torna figura de referência tanto no romance como no teatro.

Considerado como o primeiro romancista desta nova tendência, encontrou larga aceitação, interessando-se pelo drama social do Ribatejo.

Em 1939 publica o primeiro romance, “Gaibéus”, cujo assunto se relaciona com os problemas sócio-económicos  vividos pelos ceifeiros.

Naturalmente começa a sofrer os ataques próprios da sua abordagem e situação com os quais não se importa minimamente. Esta postura, valeu-lhe o êxito junto do grande público que contrabalançou bem com o ataque violento da crítica que lhe apontava deficiências de escrita. Desde a limguagem simplória às tramas romanescas.

Redol quer antes de tudo que os seus livros sejam documentos humanos.

Alves Redol publica seguidamente “Marés” (1941), “Avieiros” (1943), “Fanga” (1944), “Porto Manso” (1946), “A Barca dos Sete Lemes” (1958), “Uma Fenda na Muralha” (1959), “Barranco dos Cegos” (1962), considerada a sua obra prima. “Glória, Estudo Etnográfico”, escrito em 1938 só foi publicado postumamente.

Todos estes trabalhos têm várias edições indo “Fanga” pelo menos na 9ª.

Para teatro escreveu “A Forja” (1948) e “O Destino Morreu de Repente” (1967) que foram. Naturalmente, objecto de censura para serem levadas a cena.

Possivelmente, a obra literária de Alves Redol marcará significativamente a literaturas dp século XX pela desigualdade formal do valor artístico e a grande capacidade de rigor da realidade social-

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Dicionário de História do Estado Novo, Fernando Rosas e J.M. Brandão de Brito, Vol. II, Bertrand Editora, 1996, pp 820 e 821.

História da Literatura Portuguesa, António Jo´se Satraiva e Óscar Lopes, Porto Editora, Limitada, 1982, pp. 1084 e 1085.

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