António Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira a
29 de Dezembro de 1911, vindo a falecer em Lisboa a 29 de Novembro de 1969.
Era filho de António Redol da Cruz, um pequeno comerciante ribatejano e de
Inocência Alves Redol.
Frequentou o Colégio Arriaga em
Lisboa onde concluiu o Curso Comercial em 1927, seguindo depois para Angola,
Luanda, no “Niassa” a 5 de Abril de 1928 no sentido de poder encontrar uma vida
melhor, o que não veio a acontecer
Escreve aos 15 anos o seu
primeiro artigo para a imprensa regional no caso na “Vida Ribatejana”, de Vila
Franca de Xira.
Regressa a Portugal em 1930 onde
exerce várias profissões, envolvendo-se também na oposição à política do
“Estado Novo” que combate já sendo membro do Partido Comunista.
Colaborou, entretanto, com o
jornal “O Diabo”.
Encontra na literatura a maneira
de combater o regime salazarista com a sua escrita neo-realista de que se torna
figura de referência tanto no romance como no teatro.
Considerado como o primeiro
romancista desta nova tendência, encontrou larga aceitação, interessando-se
pelo drama social do Ribatejo.
Em 1939 publica o primeiro
romance, “Gaibéus”, cujo assunto se relaciona com os problemas
sócio-económicos vividos pelos
ceifeiros.
Naturalmente começa a sofrer os
ataques próprios da sua abordagem e situação com os quais não se importa
minimamente. Esta postura, valeu-lhe o êxito junto do grande público que
contrabalançou bem com o ataque violento da crítica que lhe apontava
deficiências de escrita. Desde a limguagem simplória às tramas romanescas.
Redol quer antes de tudo que os
seus livros sejam documentos humanos.
Alves Redol publica seguidamente
“Marés” (1941), “Avieiros” (1943), “Fanga” (1944), “Porto Manso” (1946), “A
Barca dos Sete Lemes” (1958), “Uma Fenda na Muralha” (1959), “Barranco dos
Cegos” (1962), considerada a sua obra prima. “Glória, Estudo Etnográfico”,
escrito em 1938 só foi publicado postumamente.
Todos estes trabalhos têm várias
edições indo “Fanga” pelo menos na 9ª.
Para teatro escreveu “A Forja”
(1948) e “O Destino Morreu de Repente” (1967) que foram. Naturalmente, objecto
de censura para serem levadas a cena.
Possivelmente, a obra literária
de Alves Redol marcará significativamente a literaturas dp século XX pela
desigualdade formal do valor artístico e a grande capacidade de rigor da
realidade social-
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Dicionário de História do Estado Novo, Fernando Rosas e J.M.
Brandão de Brito, Vol. II, Bertrand Editora, 1996, pp 820 e 821.
História da Literatura Portuguesa, António Jo´se Satraiva e Óscar
Lopes, Porto Editora, Limitada, 1982, pp. 1084 e 1085.
htt://infopedia.pt/$alves-redol
htt://www,citi,pt/cultura/artes_plasticas/desnhos/álvaro_cunhal/Redol.html