Ribatejano que há muito conhecia
de nome mas não fazia a mínima ideia que fosse natural da freguesia de Atalaia,
concelho de Vila Nova da Barquinha.
Nasceu na dita aldeia a 13 de
Julho de 1886 mas veio cedo para Caldas da Rainha onde veio a falecer em 15 de
Abril de 1964.
Depois de frequentar a Escola de
Farmácia do Porto vem para Caldas da Rainha por volta de 1905 e em 1910 já
possuía a sua farmácia nesta povoação, em franco desenvolvimento.
De fortes e convictas ideias republicanas
tornou-se membro maçónico (Loja Fraternidade de Óbidos) e adepto da carbonária.
Preso por motivos políticos
várias vezes, a primeira e durante 70 dias deu-se ainda durante a Monarquia.
Voltou ao cárcere entre 1947-03-21/1948-04-24.
Vem a ter acção destacada na
proclamação da República em Caldas da Rainha.
Em 1911 e devido à Lei da
separação da Igreja do Estado, o que foi aprovado, reúne-se na Foz do Arelho em
casa de outro grande republicano, Francisco de Almeida Grandela, igualmente
ribatejano, com figuras gradas do republicanismo, como o Dr. Afonso Costa,
Sebastião Lima e o deputado Afonso Ferreira, entre outros.
Passa então a ser o Administrador
do concelho de Caldas da Rainha e o Presidente da Comissão Administrativa do
Hospital local, Rainha D. Leonor.
Na Rotunda de Caldas por volta de 1915, lidera um grupo de
marinheiros, consegue a devolução da Câmara aos Republicanos.
Foi deputado da Nação e delegado
do Ministério da Agricultura (1920) e Presidente do Município.
Criou e dirigiu os Jornais
“Direito do Povo” e “Regionalista”.
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“Figuras Notáveis do Ribatejo”, Correio do Ribatejo por Jorge Ramos.