quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Simão Brandão e Ataíde

De seu nome completo Simão de Cordes Brandão e Ataíde, nasceu na vila de Sardoal em 1750.

Muito jovem, entrou para o convento de Aviz e estudou na Universidade de Coimbra como aluno do colégio que as Ordens Militares de S. Bento e Sant’Iago possuíam naquela cidade.

Foi fidalgo da Casa Real e Cónego doutoral da Sé do Porto.
Depois de cursar Humanidades, escolheu para a sua formatura a Faculdade de Direita Eclesiástico, vindo mais tarde a reger a cadeira de Jurisprudência Eclesiástica e depois a de Direito Natural na Universidade onde se formou.

O bispo de Viseu, D. Francisco Alexandre Lobo que procedeu ao seu Elogio Histórico, lamenta que não tivesse deixado documentos escritos que atestassem o seu engenho e saber, ainda que haja conhecimento da existência de um manuscrito intitulado Duas palavrinhas ao ouvido dos Portugueses, que lhe é atribuído.

Afirma por outro lado que ninguém, no seu tempo, chegou à cátedra com maior cabedal de conhecimentos e maior consciência dos deveres da sua missão.
José Agostinho de Macedo atribui a Simão de Cordes, nos finais do século XVIII e princípios do seguinte a propagação da maçonaria em Portugal, organizando algumas lojas na cidade de Coimbra, o que não se ajusta aos dados fornecidos pelo Bispo de Viseu.

Verdade seja que um dos seus amigos, o desembargador Francisco Duarte Coelho foi em 1808 acusado de jacobinismo e mandado retirar de Lisboa, entrando depois na “Setembrizada” e sendo por isso deportado para a ilha Terceira.
Brandão e Ataíde vem a falecer em Coimbra no dia 30 de Setembro de 1809.

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Dicionário Bibliográfica Português , Inocêncio Francisco da Silva, 1858
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
Boletim da Junta de Província do Ribatejo ,1937/38