(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 23 DE JUNHO DE 1995)
Filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, nasceu em Santarém no dia 13 de Janeiro de 1400.
Por ser ainda muito jovem, não participa na conquista de Ceuta, mas quatro anos depois já engloba a expedição enviada para socorrer a mesma praça que tinha sido cercada pelos mouros.
O papa Martinho V, pela bula In Apostolice Dignitalis, nomeia-o em 1418, Administrador da Ordem Militar de Sant`Iago de Espada.
Casou em 1424 com sua sobrinha D. Isabel, filha do seu meio-irmão, D Afonso, Conde de Barcelos. É-lhe dado entretanto a posse da vila de Serpa e o reguengo de Colares.
D. Duarte, seu irmão, ao assumir o título de rei, concede-lhe diversos privilégios.
É-lhe concedido poder para prender e castigar todos os que não executassem correctamente as obras públicas no Mestrado (Ordem de Sant`Iago)
Homem de reconhecida prudência, colocou-se ao lado do irmão D. Pedro, advogando a entrega de Ceuta e em troca a libertação do irmão D. Fernando que estava como refém, opinião que não vingou nas Cortes de Leiria de 1438.
Quando a crise política daquele ano, esteve ao lado, igualmente de D. Pedro. Preparou o povo no sentido de apoiar o irmão, provocando a fuga de D. Leonor para Sintra.
Foi designado Condestável do Reino e assuma a função de fronteiro-mor da comarca de Entre Tejo e Odiana.
D. Pedro, enquanto regente, recompensou-o da sua acção, dando-lhe o contrabando apreendido nos “portos algarvios” e que se dirigisse para Castela.
Quando faleceu, com apenas quarenta e dois anos, a sua morte constituiu rude golpe para o Infante D. Pedro que ao ter conhecimento dela, entrou em profunda prostração, com grave risco de vida.
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História de Portugal, Joaquim Veríssimo Serrão
Dicionário da História de Portugal, Edições Alfa
Dicionário da História de Portugal, dir. Joel Serrão
Grande Enciclopédica Portuguesa e Brasileira