Rafael da Silva Neves Duque é um ribatejano nascido no
concelho de Torres Novas, mais propriamente no lugar da Mata, freguesia de
Chancelaria, o que aconteceu em 23 de Setembro de 1893. Era filho de João da
Silva Duque, proprietário e de Ana Rosa das Neves.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, onde foi
aluno na cadeira de Economia do Doutor António de Oliveira Salazar, com quem
travou laços de amizade, cujo professor era mais velho apenas quatro anos.
Após o curso, exerce advocacia nomeadamente em Torres Novas , onde se
instala e ainda emTomar, Golegã e Santarém.
Casa em 1920 com uma senhora da freguesia do Chouto,
concelho da Chamusca e tornam-se proprietários de uma importante casa agrícola
do concelho.
Na 1ª República exerceu o cargo de chefe de gabinete do
Ministro do Trabalho, que era seu primo.
Tornou-se militante do Partido Nacionalista, em cujas listas
foi candidato a deputado ao Congresso da República (1925).
Foi governador civil do distrito de Leiria em 1924.
Adere abertamente ao golpe do 28 de Maio de 1926 e ajuda à
instalação da Ditadura Nacional e é Presidente da Câmara Municipal da Chamusca
de 1926/29, fazendo regressar ao concelho a freguesia de Vale de Cavalos que se
encontrava no concelho de Alpiarça, além de se proceder ao abastecimento de
água e energia eléctrica.
Foi Ministro da Agricultura (1934-1940) sendo preponderante
o seu papel no estabelecimento das políticas agrária e cerealífera do Estado Novo e na Campanha do Trigo. Foi igualmente responsável pelo Ministério da
Economia (1940-1944).
Em 1935 cria o Grémio dos Produtores de Frutas da Região de
Vila Franca de Xira, autorizando a aquisição nos viveiros nacionais ou
estrangeiros de 300 000 árvores, arbustos e plantas herbáceas para enriquecer o
sistema florestal do país. No ano seguinte manda constituir brigadas móveis do
Ministério da Agricultura sedeadas em nove cidades.
Está presente na qualidade de Ministro na inauguração da 1ª
Exposição-Feira do Distrito de Santarém, nesta cidade.
Em 1938 extingue a Federação de Sindicatos Agrícolas do
Norte de Portugal, considerando que se tinha desviado dos fins para que fora
criada. Mais sindicatos agrícolas são extintos, entre os quais Porto de Mós.
Sardoal e Lourinhã.
Fixa em 1942 o preço máximo do sal posto na marinha.
Foi dirigente associativo pertencendo à Federação dos
Vinicultores do Centro e Sul de Portugal (1936-1937), deputado à Assembleia
Nacional (1938-1944) e procurador à Câmara Corporativa(1945-1969).
É devido à sua acção política que se procede à plantação do
“Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa.
Inicia, entretanto, outro período de actividade, sendo
membro do conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos (1945 / 46),
delegado do Governo junto do Banco Nacional Ultramarino (1950/55) e Governador
do Banco de Portugal (1957/63) pois atinge o limite de idade.
Regressa à Chamusca em 1965 ali falecendo em 28 de Abril de
1969.
Enquanto a placa toponímica na Chamusca foi arreada depois
do 25 de Abril, mantém-se numa rua de Lisboa.
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Boletim da Junta de
Província do Ribatejo, 1937 – 40, pág. 627
História de Portugal,
Joaquim Veríssimo Serrão, Vols. XIV e XV
Rafael Duque ainda é
nome de rua em Lisboa. Na Chamusca
a placa caiu em 25 de Abril – O Mirante
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(cons.15.07.2013)
Os procuradores da
Câmara Corporativa (1935 – 1974).
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