quinta-feira, 11 de julho de 2013

Infante D. Duarte


Conhecido também por Infante D. Duarte de Portugal, por D. Duarte II, sendo o I seu pai e ainda por D. Duarte de Bragança.

5º Duque de Guimarães, nasceu em Almeirim em Março de 1541, filho do Infante D. Duarte, que lhe transmitiu o título e de D. Isabel, filha do 4º Duque de Bragança, D. Jaime.

Era neto paterno de D. Manuel I e consequentemente sobrinho de D. João III.

Em 1555 tornou-se o 10.º Condestável de Portugal. Quando o rei D. João III  morreu, D.Duarte era um dos três descendentes masculinos legítimos vivos do rei D. D. Manuel I (para além do seu primo, o rei D. Sebastião e de seu tio, o cardeal-infante D. Henrique).

Teve lugar de privilégio na corte de D. João III e na de D. Sebastião, seu 2º primo, manteve posição de destaque.

D. Sebastião tratou-o sempre com o respeito que lhe era devido, pois ocupava posição cimeira na hierarquia do Estado e tanto mais que sem o monarca e sem ele ficava extinta a descendência varonil de D. Manuel. Estava pois na linha da sucessão da Coroa.

Tanto D. Sebastião como D. Duarte foram filhos póstumos.

D. Catarina e o Cardeal D. Henrique, que eram seus tios, durante o período das suas regências, concederam-lhe apreço, tendo sido convocado com outras altas personagens por D. Catarina, para dar parecer sobre a sua sucessão ao marido como regente e tutora do neto, o Rei D. Sebastião, tendo-se expressado positivamente.

O Senhor D. Duarte, no Conselho de Estado, onde era membro, votou a favor de um possível casamento do jovem rei com Margarida de Valois, apesar de ir contra o desejo do rei.

Como Condestável do Reino, foi-lhe entregue o comando da esquadra que se preparava para participar na Santa Liga e ocupou lugar de destaque na comitiva que acompanhou na jornada que fez ao Alentejo e ao Algarve, em 1573, tal como no ano seguinte ao norte de África.

O Senhor D. Duarte tinha grande interesse pela música e tinha junto do povo grande popularidade, circunstância que parece não ter agradado a D. Sebastião. Não tendo sido convidado pelo rei para uma tourada realizada em Xabregas (Lisboa), retirou-se da Corte e foi viver para Évora, onde veio a falecer em 28 de Novembro de 1576, com trinta e cinco anos, solteiro e sem deixar filhos.

Duarte II tinha duas irmãs mais velhas, a Infanta D. Maria (1538-1577) que casou com Alessandro Farnese, Duque de Parma e Piacenza e a Infanta D. Catarina (1540-1614) casada com D. João I, Duque de Bragança, que herdou os direitos de seu irmão ao Ducado de Guimarães.

Após a morte do Cardeal-rei, D. Henrique, foi pretendente ao trono português, sendo considerada por alguns juristas como a candidata com mais direitos.

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Dicionário Ilustrado da História de Portugal - Publicações - Alfa
História de Portugal, Vol. III - Joaquim Veríssimo Serrão
Uma Jornada ao Alentejo e ao Algarve - Francisco de Sales Loureiro - Livros Horizonte - 1984
Reis e Rainhas de Portugal - Manuel de Sousa - 2ª Edição – 2001
"Nobreza de Portugal e do Brasil" – Vol. I1. Publicado por Zairol Lda., Lisboa 1989
Brasões da Sala de Sintra (Vol.III), Anselmo Braamcamp Freire, Imprensa Nacional-Casa da Moeda
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