sábado, 7 de novembro de 2009

Manuel Mendes de Morais, P.

(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 15.09.1995)

Perfeito em Latinidade, de que foi mestre durante muitos anos.

Nascido em Constância, apesar da sua religiosidade, foi cultor das Musas, para que tinha um estro grande e natural.

Dedicado à literatura, utilizou a língua castelhana, como era gosto naquele tempo, pois considerava-se a mais conhecida da Europa e a mais própria para o chiste e agudeza que utilizou frequentemente na sua poesia.

Tinha grande ódio aos franceses, dizendo que os seus princípios eram totalmente opostos à “nossa Sagrada Religião”. Dizia muitas vezes que “os franceses hão-de dar a paga aos portugueses seus amantes”.

A sua constante e perdurável inimizade aos franceses, impelia-o muitas vezes a fazer-lhes versos em sátira.

Escreveu muitas obras em verso e em prosa que têm merecimento pela originalidade e crítica judiciosa, nas quais se incluem entre outras, “Silva a S. Cornélio”, “Silva aos Sinos” e “Carta ao Vigário de Martinchel”.

Faleceu antes das Invasões Francesas

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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
"A Vila de Constância e o seu termo", in Correio do Ribatejo de 29.04.1977, A.H. Barata
"Figuras Notáveis do Ribatejo", in Correio do Ribatejo, por Jorge Ramos
Descrição da Villa de Punhete, 1830, Veríssimo José de Oliveira