quinta-feira, 15 de julho de 2010

Faustino dos Reis Sousa

(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 15 DE MARÇO DE 1996)



Nasceu na Ribeira de Santarém em 6 de Janeiro de 1883.

Poeta e publicista, desde cedo prestou a sua colaboração a jornais e revistas de carácter literário, nos quais se encontram, entre outros, “Damião de Góis”, “Vilafranquense”, “Ecos do Ribatejo”, “Mensageiro de Cira”, “Mensageiro do Ribatejo”, “Vida Ribatejana”, “A Verdade” e “Correio da Extremadura”.

Deu à estampa três livros de poesia. “Meio Dia (1918)”, “Fumo do Meu Casal (1938)” e “Luz da Tarde (1946)”.

Foi um poeta de inspirado sabor lírico.

Obteve vários prémios em concursos literários, tais como: Jogos Florais de Gaia, Porto, 1924, da Emissora Nacional, Lisboa, 1937, do Ateneu Comercial, Lisboa, 1941, do Ateneu de Sevilha, 1947, do Município de Viana do Castelo, 1948, da Câmara de Nova Lisboa, 1948, da Festa Literária de Vigo, 1950, etc.

Escreveu várias peças para teatro, normalmente de carácter regional: Rosa Branca (opereta), 1929, que obteve grande sucesso, “Coroa de Espinhos”, “À Sesta”, “A Primeira Carta”, além das comédias “Comendador Aleixo”, “Casamento Inesperado”, “Gato por Lebre”, “Manhã de Primavera” e das operetas “Irene”, “Lenda da Carochinha”, “Flor de Neve”, “Onde Canta o Rouxinol”, etc.

Utilizou algumas vezes o pseudónimo João Ninguém.

Pertenceu à Direcção da Junta de Província do Ribatejo e foi membro da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses.

Faleceu em Vila Franca de Xira em 3 de Janeiro de 1972, por isso com oitenta e oito anos.
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Santarém no Tempo, Virgílio Arruda, 1971

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira