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Estuda em Lisboa e frequenta a Universidade de Coimbra onde se doutorou em Teologia em 1542 e veio a ser lente.
É confirmado bispo do Funchal (1551 - 1556) mas não chega a partir para a sua diocese em virtude de fazer parte do Tribunal da Inquisição.
Em 1557 foi transferido para a Diocese de Leiria onde manda construir a actual Sé Catedral (1573) e a Igreja de Santo Agostinho onde veio a ser sepultado no chão da capela mor, da parte do Evangelho.
Tomou parte no terceiro período do Concílio de Trento (1561 - 1563), como delegado de Portugal e ainda como Bispo de Leiria, tendo tomado parte activa nos trabalhos e onde manifestou vasto talento e dotes elevados de oratória, vindo por isso mesmo a ser conhecido como o Bispo Teólogo.
Assiste aos sínodos provinciais reunidos em Lisboa em 1566 e 1574.
Em 27 de Novembro de 1579 foi expedida a bula transferindo-o para a Diocese de Coimbra, tendo exercido funções em Leiria cerca de vinte e dois anos.
Pregador régio, foi confessor e conselheiro de D. João III e gozou de especial favor do Cardeal - Rei.
Nos primeiros dias de 1580 o Bispo de Coimbra juntamente com D. Manuel de Melo é enviado pela Regência, como embaixador a Castela, sendo recebido por Filipe II em Guadalupe. A missão consistia em pedir ao monarca que não usasse as armas contra Portugal e que aceitasse a decisão dos Juizes.
Fracassada a missão, aceitou Filipe II como rei de Portugal e dele veio a receber favores.
Faleceu o bispo-conde (5º de Arganil mas que parece nunca lhe terem confirmado os privilégios dos seus predecessores) em 9 de Agosto de 1584.
Deixou escrito dois tratados sobre o sacrifício da missa e a instituição da Sagrada Eucaristia e obras de controvérsia contra os hereges, escritas em latim com edições em Coimbra, Veneza, Antuérpia e Lião.
Em português ficou Carta escrita de Leiria em 23 de Janeiro de 1561, à rainha D. Catarina, persuadindo-a a que não deixe a regência da monarquia no tempo da menoridade de seu neto El-Rei D. Sebastião.
D. Frei Gaspar do Casal tem desde os meados deste século uma rua com o seu nome, na terra natal, mais propriamente no Bairro dos Combatentes.
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Dicionário Bibliográfico Português , Tomo III, 1859, Inocêncio Francisco da Silva
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
Brasões da Sala de Cintra , Vol III - 1928 - Anselmo Braamcamp Freire
Dicionário de História de Portugal, Vol I Direc- de Joel Serrão
Santarém, Lenda e História 1940, Eugénio de Lemos
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Santarém no Tempo - 1971, Virgílio Arruda
História de Portugal - Vol VI, Direc. De João Medina
História e Monumentos de Santarém , Zeferino Sarmento