sexta-feira, 16 de outubro de 2009

José Veríssimo Alves da Silva

(PUBLICADO NO CORREIO DO RIBATEJO DE 18 DE AGOSTO DE 1995)

Economista e publicista, figura controversa, nasceu em Abrantes em 1744.

Foi professor de Filosofia e Latinidade na cidade de Tomar, onde se casou e fixou.

Em 1810 foi preso por vingança como jacobino, acusado de haver aceitado um cargo de governança ao serviço francês durante o tempo em que a povoação esteve ocupada militarmente pela divisão comandada por Margaron.

Preso e enviado para Lisboa, foi removido para o presídio da Trafaria.

Instaurado o processo foi julgado e sentenciado a degredo para África não obstante mostrar em sua defesa que por aceitar dos franceses aquela missão, evitara a Tomar igual sorte à que teve Leiria, que fora por esse tempo saqueada e queimada.


[Insígnea dos jacobinos]
Acabou por não cumprir a pena pois faleceu no mesmo presídio a 10 de Maio de 1811.
Escreveu e publicou várias obras de certa notoriedade, entre as quais:- “Instrução ao novo Código ou dissertação crítica sobre a principal causa da obscuridade do nosso Código autêntico, Lisboa, 1780”, “Memória sobre a Cultura das Vinhas, no tomo I das Memórias de Agricultura, da Academia Real das Ciências”, “Memória sobre os meios de suprir a falta de estrumes animais”, no mesmo tomo, “Memória sobre as principais causas porque o luxo tem sido nocivo aos portugueses”, no tomo I das Memórias Económicas; “Observações botânico- metereológicas , feitas em Tomar, no tomo V das Memórias Económicas, etc.