sábado, 17 de março de 2012

António Prestes

Enquanto Zeferino Brandão e Virgílio Arruda na sua peugada dizem ter nascido em Santarém, outros dão-no como tendo visto a luz do dia em Torres Novas, o que parece ser mais seguro, casando contudo em Santarém.

É nesta então vila que exerce a função de inquiridor do Juízo Cível mas em 1565 já exercia a magistratura em Lisboa.

Dedicou-se ao teatro escrevendo sete autos: o da Ave-Maria, o do Procurador, o do Desembargador, o dos Dois Irmãos, o da Ciosa, o do Mouro Encantado e o dos Cantarinhos.

Os seus trabalhos de teatro demonstram uma atenta observação do meio social e na linha de Gil Vicente.

Os seus autos aparecem compilados com outros em 1587 e reunidos por Afonso Lopes

Dirigida por Tito de Noronha aparece uma 2ª Edição em 1871 e que parece comportar variadíssimos erros.

A sua obra é controversa e por isso tem merecido opiniões desencontradas. Se para uns a sua poesia tem pouca valia, para outros é considerado entre os grandes que lamentam o esquecimento para que tem sido relegado.

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Monumentos e Lendas de Santarém, Zephyrino Brandão, Lisboa, 1883.

Santarém no Tempo, Virgílio Arruda, 3ª Edição, 1999.

Verbo, Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, vol. XV.

Dicionário Bibliográfico Português, Inocêncio P. da Silva, Vol I (1858) e Vol.(1867)

http://www.fl.ul.pt/cet-publicacoes/cet-livros/780-autos-de-antonio-prestes